Assim começou...
Uma inesquecível viagem.
Era fim de verão, e eles estavam passeando em Gramado e Canela,
as duas belas cidades serranas do Rio Grande do Sul. Acompanhada pelos pais,
Maria Clara explorava o percurso inicial da peregrinação ao Santuário de Nossa
Senhora do Caravaggio, em Farroupilha, RS. Era em Canela, que o percurso
iniciava.
Maria Clara estacionou o carro no imenso parque que circundava a Igreja,
e a estrutura para as grandes festas em homenagem a Nossa Senhora do
Caravaggio, realizada anualmente no dia 26 de maio. O lugar chamava a atenção
pela a escadaria que levava até a imagem de Nossa Senhora, no alto da colina, de
onde jorrava uma fonte de água, em meio a um lindo arvoredo. Ali depositadas, estava uma boa quantidade de cruz de madeira que são levadas pelos peregrinos, que
pagam promessas, nas romarias carregando uma cruz.
Ali deveria ser o local para inscrição do peregrino. No entanto, devido
uma tempestade que caiu sobre o lugar, as instalações estavam fechadas para
reparos. Ao lado do galpão, podia-se ver as telhas retorcidas que foram
arrancadas pela força do vento.
E por estar tudo fechado, não foi possível efetuar a inscrição.
Maria Clara acompanhada de seu pai, Faustino, andou pelo parque e admirou a natureza e retornou ao carro, onde sua mãe, Maria Rosa os esperava.
-- Eu li um aviso, que as inscrições estão sendo feitas na Catedral de Pedra. – Disse Maria Clara ligando o carro, e manobrando para sair. -- Vamos cuidar as indicações da trilha, porque aqui continua sendo o início da trilha. – Conclui.
-- Está começando a chuviscar – Falou Faustino. – Que tempo!
-- Ali tem uma indicação... – Disse Maria Rosa. – Aqui é bem distante do
centro. Eu já tinha estado aqui, mas faz muito tempo. Tu lembras Tino? (esse
era o apelido carinhoso de Faustino)
-- Sim. Faz muitos anos, e para esses lados não tinha nada, era só
campo. – Falou ele pensativo. – Nós nos erramos o caminho e viemos parar por
aqui. Não foi?
--Acho que sim. – Falou Maria Rosa. –
Cresceu muito a cidade para esse lado.
A distância dali ao centro de Canela era de 7km, mais precisamente até a
Catedral de Pedra. Uma igreja muito bonita, construída em pedra, no estilo
gótico inglês, com lindos vitrais. Por sua beleza, essa igreja foi eleita, em
2010, uma das setes maravilhas brasileiras.
Ela é tão interessante, que tem três altares em honra das padroeiras:
Nossa Senhora de Lourdes, Santa Luiza de Marilac e Santa Filomena. Uma igreja muito
visitada pelos turistas.
Quando eles estraram na catedral se depararam com a igreja e repleta de pessoas,
que encantadas por sua beleza fotografavam todos os seus detalhes.
-- Eu e o teu pai já viemos assistir missa aqui
uma vez. O padre era muito simpático, e estava a porta da igreja cumprimentando
todos os que chegavam. Para nós ele perguntou de onde éramos, e depois nos
saudou durante a homilia. – Falou Maria Rosa a filha.
-- Quando foi isso? – Quis saber a Maria
Clara.
-- Faz um bom tempo! Eu estava em Porto
Alegre, creio que uma semana, fazendo um curso de catequese. E o pai veio me
buscar, e antes de retornar para a fronteira, viemos para cá. Paramos aqui em
Canela mesmo. Acho que foi a última vez que estivemos aqui. Não lembro ao
certo. Depois os compromissos assumidos, deixaram os passeios mais escassos. –
Explicou Maria Rosa a filha. —Deve ter sido naquele período em que estavas em
Lousiana, nos EUA.
Quando eles deixaram a igreja e chuva
estava mais forte, mas a sorte era que o carro estava estacionado bem pertinho.
Logo, procuraram um lugar para almoçar.
A chuva deu uma trégua e foi possível dar
uma caminhada pelo centro de Gramado, que estava tomado de turistas. Eram
multidões andando pelas calçadas.
Depois de tomarem um chocolate gelado, eles
pegaram a estrada e desceram a serra. Um congestionamento enorme, na chagada de Porto Alegre, foi suportado
com divertidas conversas.
Faustino e Maria Rosa, agora moravam na
região metropolitana de Porto Alegre, depois de quatro décadas residindo no
interior do Rio Grande do sul, mais precisamente na região da fronteira.
E quando já se aproximavam de casa. Maria
Clara perguntou:
-- Mãe, queres ir para Europa comigo?
-- Para a Europa? – Falou Maria Rosa surpresa.
-- Pensa depois conversamos. Como já conheço a Itália, acho que chegou a vez de ir a Portugal.
-- Se queres ir, não te preocupas comigo.
– Falou Faustino. – Tu sabes que eu não quero mais viajar, quero sossego em
minha casa, no meu sitio. Ali eu crio as minhas galinhas, tenho a minha horta e
os meus cães. Vou ficar bem.
-- É mãe, o pai vai ficar bem. Vamos.
---
A decisão foi tomada. Agora era providenciar o
Passaporte, acertar o período de férias, e escolher o itinerário. Maria Clara
procurou uma agente de viagem.
Enquanto a filha agilizava os
preparativos, Maria Rosa foi em busca da história de Portugal, dos detalhes de
cada lugar que iriam visitar. Encantada com tudo que lia ela justificou-se
dizendo, ao filho:
-- Aqui no Brasil, pouco se estuda sobre
Portugal. Além dos grandes Vultos dos Descobrimentos, quase nada. Fomos colônia
de Portugal e pouco sabemos sobre eles. E esse povo tem uma bonita história. O
livro que eu li, é muito bom. A história romanceada: Assim nasceu Portugal, de
Domingos Amaral.
-- Sim. – Respondeu Felipe, um grande leitor e conhecedor de história.
-- Aquelas terras são habitadas desde a pré-história. Os Visigodos, Celtas, Lusitanos,
Romanos e Mouros por lá viveram. Não sei se nesta ordem. Antes disso, os Iberos,
também habitaram a região, um povo pré-histórico...
-- A história geral já está conhecida,
inclusive virei admiradora do Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. Vai
ser muito interessante visitar cidades como Coimbra, Guimarães e Braga, sabendo
que foi por aquela região de o Afonso Henriques viveu e guerreou com os mouros,
para libertar a região do domínio dos mulçumanos.
-- Braga foi o centro da religião Católica,
naquela época... – Continuou Felipe discorrendo sobre o assunto.
Além de buscar informações sobre os lugares
que iria conhecer, Maria Rosa também começou a fazer caminhadas diárias. Ah...
Nos passeios, não iria ficar sem fôlego facilmente!
O tempo passava rapidamente, e de repente faltava apenas duas semanas para embarcarem. Agora a grande preocupação era com a roupa, pois embora fosse o início do outono, as temperaturas ainda podiam ser altas.
-- Eu vou levar poucas roupas e as mais
leves, assim a mala não fica pesada. Apenas um casaco, em caso de chuva ou
frio. Acho que é isso. — Disse Maria Rosa.
-- Mãe, lembra de levar os teus remédios.
Vai que a tua labirintite resolva incomodar...
-- Eu já falei com o médico e estou com a
receita. Acho que está tudo em ordem. É só colocar as coisas na mala. Isso vou
deixar para mais perto.
-- O mano vai nos levar ao aeroporto. –
Falou a Maria Clara.
-- Eu não vou. – Disse o Faustino. – Não
gosto de despedidas.
-- A Janete também vai. – Acrescentou a Maria Clara.
Faltavam
apenas dois dias para embarcarem, era um dia de domingo, e quando a Maria Clara
levantou ligeiro do sofá, para pegar o telefone, e deu uma forte batida na
porta, com o dedo mindinho do pé.
A dor foi imensa, e Maria Rosa a levou ao Pronto Socorro. Como já tinha imaginado, e dedinho estava quebrado. E agora? Faltando dois dias para saírem em viagem... Como fariam? E para piorar, ela não podia dirigir e precisava de uma bota, para poder andar.
Na segunda feira bem cedo, Faustino foi falar com o Joaozinho, que era o dono de uma das clinicas de fisioterapia da cidade. E ali, encontrou a bota que a filha precisava.
Parecia que tudo estava certo.
Mas ainda precisava de um laudo médico,
afirmando de que ela poderia embarcar. Então Maria Clara ligou para o seu amigo
Diego, que era médico traumatologista. E depois de algumas perguntas, ele
emitiu um laudo.
-- Ufa... Acho que agora está tudo pronto. – Murmurou Maria Clara para si mesma. – Bem, vou terminar de arrumar a minha mala.
-- Como está o pé? – Perguntou Faustino preocupado com o tempo que de viagem. Eram cerca de onze horas de voo, no trajeto de Porto Alegre direto a Lisboa.
-- Doendo! Eu não gosto de sentir dor. –
Exclamou Maria Clara contrariada.
A viagem
estava começando!
Depois de se despedirem de Faustino,
elas embarcaram no carro, e pegaram a estrada. Depois de uma hora, Felipe e
Janete as deixou no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Despediram-se, e
Maria Clara e a mãe rumaram para a tão esperada aventura além-mar.
Medicada, Maria Clara e mãe embarcaram
no voo noturno, daquela terça feira, dia 3 de outubro. Os assentos comprados ficavam na lateral,
portanto na janela. Maria Rosa fez com que a filha ficasse junto a janela, para
a proteção de seu pé. O avião estava lotado.
Até São Paulo o voo não foi tranquilo,
devido a uma forte tempestade. Então,
escutou-se o aviso do comandante, explicando que já tinham passado a
tempestade, que estavam sobre São Paulo e tomariam o rumo para Belo Horizonte,
pois saíram por Mossoró para fazer a travessia do oceano.
Depois a viagem foi tranquila.
Maria Clara dormiu, mas a mãe não pregou o olhou. Passou o tempo vendo filme,
ou acompanhando o itinerário do avião. Na verdade, Maria Rosa não gostava de andar
de avião, aliás, tinha medo, “e não se mexia para não desiquilibrar a aeronave”,
brincava ela.
A
chegada no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa correu tudo muito bem, pois a
fiscal as deslocou da fila de imigração, onde havia uma multidão na fila, para o
atendimento preferencial. E elas foram rapidamente liberadas pelos agentes de
imigração. Tudo por causa do pé machucado, ou seja, do dedinho quebrado.
-- Bah... Acho que eram umas quinhentas
pessoas a nossa frente. – Falou Maria Clara.
-- É muito movimento, tu viste a quantidade
de gente que chega por esses corredores... – Comentou Maria Rosa.
Elas seguiam as indicações para alcançar o
saguão. Era tudo meio estranho.
-- Deve ter alguém nos esperando. Presta atenção nas placas. – Alertou Maria Clara – Ali mãe. Vamos.
O translado para o hotel foi logo providenciado. Durante o trajeto elas apreciaram a cidade e fizeram muitas perguntas ao motorista, que gentilmente respondeu.
Era meio da manhã quando elas entraram no
hotel, que tinha um ambiente bonito e requintado. Só poderiam ocupar o quarto a
partir das 14h. Então como o pé de Maria Clara estava muito inchado, elas
ficaram no saguão, estudando o mapa da cidade e observando o movimento dos
hospedes. Aquela tarde, elas foram passear no Shopping Amoreiras, que ficava
próximo e onde fizeram uma refeição e subiram ao terraço para apreciar a vista
de 360º da cidade de Lisboa.
Só em andar pelo shopping, elas constataram
que havia muitos brasileiros, alguns passeando e outros trabalhando. A moça que
as atendeu no restaurante era da cidade de São Paulo, o rapaz de Minas Gerais e
o outro do interior de São Paulo
O dia 5 de outubro era feriado, Dia da
Implantação da Republica. Maria Clara e mãe, depois de um farto e gostoso café
da manhã, pegaram um Uber e foram visitar o Museu do Azulejo.
O Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, é um dos mais importantes museus de Portugal, pela sua coleção singular, dedicada ao azulejo, expressão artística diferenciadora da cultura portuguesa, e pelo edifício impar em que se encontra instalado, o antigo Convento Madre de Deus, fundado em 150 pela rainha D. Leonor.
Lá passaram o dia. Viram maravilhas...
No dia seguinte elas foram para o bairro da Sé, visitaram a antiga Sé de Lisboa. Um prédio antiquíssimo, pois a sua construção iniciou-se em 1147, quando o primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, reconquistou a cidade aos mouros e foi edificada sobre uma mesquita muçulmana, por sua vez, como as escavações arqueológicas vieram confirmar, fora construída sobre um anterior templo cristão visigodo.
A igreja
de Santo Antônio de Lisboa, onde assistiram uma missa rezada em inglês,
situa-se bem próxima a Antiga Sé. Essa Igreja encontra-se no local da casa onde
Santo Antônio nasceu e viveu a sua infância. Doutor da Igreja, Santo Antônio é
o santo mais popular em todo o mundo, é o padroeiro de Lisboa, cidade que o viu
nascer.
Caminharam pela região, tiraram fotos, fizeram um lanche e retornaram ao
hotel. Uma reunião estava marcada com a guia do grupo, a sra. Julieta para o
final da tarde. No sábado pela manhã iriam fazer o primeiro passeio com o
grupo. Enquanto esperavam no saguão do
hotel, Maria Rosa conversava com a Francine, do Ceará, a Felícia do Rio de
Janeiro, e com a Maria, também chamada de Ministra e sua filha Marina, também
do Ceará. A interação já havia começado.
Francine era muito alegre e logo achava um
apelido para as companheiras de viagem.
Em Lisboa, houve alguns passeios extras,
que Maria Clara e sua mãe não participaram, pois eram saídas para comer em
restaurantes típicos, com apresentações de fado e danças típica. Com o pé
inchado, e dolorido, depois de um dia quente e agitado, Maria Clara só queria descansar.
O grupo era grande, bem disposto e alegre, e logo houve uma boa integração.
Havia pessoas do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerias, Bahia e Ceará. Alguns casais, pessoas viajando sozinhas, mães e filhas... Nesse n primeiro dia a visita foi a Belém, com direito a saborear os deliciosos Pasteis de Belém.
Também estiveram na praça do Padrão dos Descobrimentos.
Um monumento que evoca a expansão ultramarina portuguesa e o seu formato de caravela tem 56 metros de altura, e 46 metros de comprimento. A figura do timoneiro, o Infante D. Henrique, apresenta uns majestosos 9 metros de altura, enquanto os seus companheiros de viagem, 7 metros cada um.
Um lugar magnifico, a beira do rio Tejo, que é de uma tonalidade de azul impar. A praça é ladrilhada e forma o mapa do mundo, indicando os locais aonde os navegadores portugueses tinham chegado e conquistado.
O nome do ônibus era muito sugestivo: Barraqueiro. E gerou algumas piadas.
A tarde era livre, para quem não iria
fazer o passeio extra.
Maria Clara e Maria Rosa desceram na praça Dom Pedro IV, mais conhecida pelo seu nome antigo: Rossio, no centro de Lisboa. Está é uma das praças mais antigas e bonitas de Lisboa. Há mais de seis séculos ela tem sido palco de diversos acontecimentos importantes na historia de Lisboa. Por ela já passaram touradas, festivais, atos militares e os autos de fé da Inquisição.
Ali existe um comercio intenso, são floristas, bares e restaurantes, livrarias e muitos locais históricos, como a antiga Estação de Comboios do Rossio. Um prédio espetacular, que apenas avistamos.
Foi ali, que mãe de filha contrataram um tuk-tuk para levá-las aos principais lugares de Lisboa. O rapaz que as conduziu era bem falante, e descrevia os locais com detalhes. Andaram por ruas estreitas, na parte antiga de Lisboa, com seus casarões construídos há mais de um século, e nomes de ruas indicando os ofícios, como por exemplo, travessa das padarias.
Sem duvida um ótimo passeio, e muito divertido.
O fim do roteiro era nas proximidades da Arcada, junto a Praça do Comercio. Ali elas fizeram uma refeição ( um almoço as 16h), no restaurante mais antigo de Lisboa, que funciona desde 1782. No Martinho da Arcada. Elas saborearam um bacalhau e como sobremesa, um pastel de nata.
Depois caminharam pela região, pela margem do Tejo, e alcançaram a estação de barco, que por sinal é um prédio muito bonito, como todas as construções que viam, que inclui também detalhes em azulejos. O que é uma característica de Portugal.
Quatro dias na capital é quase, nada para tanto que tem para conhecer. Mas deu para ir a alguns lugares importantes, como a casa onde nasceu o Marques do Pombal, descoberta por acaso por Maria Rosa. Ao descer a rua do Século, ela viu uma placa numa das casa, e parou para ver o que era, e se deparou com a indicação que dizia que um dos mais importantes da história de Portugal, havia nascido ali.
Sebastião José de Carvalho e Melo, Masques do Pombal e Conde Oeiras, nasceu em Lisboa no dia 13 de maio de 1699, e morreu em 8 de maio de 1782. Foi um nobre diplomata e estadista português. Foi secretario de estado durante o reinado de D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da historia portuguesa.
Lisboa tem uma área total de 2 761 km², sendo o 16º distrito com maior área de todos os distritos nacionais. Em 2022 registrou uma população de 2 301 904 habitantes, sendo o distrito mais populoso do pais, segundo o censo de 2022. Enquanto que Portugal tem uma população de 10 476 366 habitantes, conforme o censo de 2022.
Lisboa é a maior cidade do pais, e, de fato, é uma cidade linda e acolhedora, e o lisboeta é atencioso e cordial.
No
domingo, após o café de manhã deixamos o confortável hotel Dom Pedro De Lisboa,
e seguimos para cumprir o nosso roteiro que nos levaria para o norte do país, e
incluía: Óbidos, Nazaré, Fátima, Serra da Estrela, Coimbra, Costa Nova, Aveiro,
Guimarães, Braga, Santiago de Compostela, Valença e Porto. E esses dias renderam
boas histórias, e momentos de grande emoção.
Óbidos é uma vila medieval adorável, é um lugar encantador, ruas estreitas, casas pintadas de branco com janelas e portas com molduras pintadas em azul forte, ou amarelo ouro. Com apenas duas ruelas e lojinhas, livrarias e cafés.
Muito interessante a loja que vende sardinhas em latas, com uma decoração única e incrível. É inimaginável que possa ter tanta diversidade em um lugar tão pequeno.
A pequena vila foi tomada pelos Mouros em 1148. Mais tarde, o Castelo de Óbidos fez parte do dote de algumas rainhas de Portugal. Em 2007, o Castelo de Óbidos foi declarado, pelo concurso das Setes Maravilhas de Portugal, como o segundo dos setes monumentos mais relevantes do patrimônio arquitetônico português.
Maria Clara e a mãe, em determinado momento, e sem se darem contam, se separaram durante o passeio pela vila. Maria Rosa desceu pela ruela de trás, e lá se deparou com uma bela igreja. A Igreja Santa Maria, que é ricamente adornada, com teto pintado, paredes cobertas de azulejos azuis e talhas douradas e remonta da época dos visigodos.
E Maria Clara estava angustiada esperando pela mãe, pois achava que ela tinha se perdido. Mas a guia, uma senhora muito atenciosa, falou:
-- São apenas duas ruas, não tem como se perder...
Então, ela avistou a mãe, e correu ao seu
encontro.
Todos de volta ao ônibus, logo partiram em
direção a Nazaré, a praia das ondas gigantes. Mas infelizmente o mar estava bem
calmo, pois ainda não era temporada de ondas colossais.
Nazaré foi outra surpresa maravilhosa. Que lugar lindo!
Do alto do promontório, se avista a extensa praia, com suas areias claras contrastando com o azul do mar. Aliás, as águas em Portugal têm uma tonalidade diferente, é um tom de azul cobalto. Lindíssimo!
De um lado a praia bem urbanizada, de outro a praia natural, local onde as ondas gigantes fazem o seu espetáculo, em determinada época do ano. Ambas maravilhosas, e ninguém se cansava de admirar.
Aquele dia estava muito quente, e depois de
avistar o mar e a beleza do lugar do pontal da vila de Nazaré, passear pela praça
e visitar o santuário de NS de Nazaré, e tirar muitas fotos, todos embarcaram
no ônibus que desceu até a praia, já que o bondinho estava em reparos.
No intuito de servir os interesses da
população e de facilitar a chegada dos peregrinos até à Senhora de Nazaré, foi
fundada uma parceria para a construção de um ascensor mecânico em finais do
século XIX. Foi inaugurado em 28 de julho de 1889. O autor do projeto foi o engenheiro de origem
francesa Raul Mesnier du Ponsard, discípulo de Eiffel e também responsável pela
maioria dos elevadores de Lisboa. A linha foi assente em leito próprio,
funcionando o cabo a descoberto sobre roldanas, numa extensão de 318 metros,
com uma inclinação de 42%.
O grupo almoçou em um restaurante
a beira mar, e depois todos puderam andar pelas lindas calçadas, comprar
lembrancinhas, foi maravilhoso!
Maria Clara se propôs a trazer um imã de
geladeira de cada lugar, e por incrível que pareça, era uma tarefa árdua,
escolher apenas um, já que todos eram muito lindos.
A seguir eles rumaram para Fátima.
A primeira parada foi na lojinha. E todos
ganharam um bilhete, com um número. Quem adquirisse alguma coisa na loja,
deixaria a metade do bilhete, o qual seria sorteado. E quem fizesse alguma
compra também ganhava uma pequenina redoma de NS de Fátima.
Já todos de volta ao ônibus, a guia
explicou como seria o processo do sorteio. Então vários senhores se levantaram
para colocar o seu canhoto no saco. E foi difícil eles entenderem que já estava
lá a outra parte do bilhete.
Enfim sortearam, claro que o felizardo era
alguém que estava viajando na cozinha do ônibus.
Então, a Eurides, irmã da Eugenia, que se
recusava mudar de lugar, virou-se para a Maria Rosa e perguntou:
-- Já sortearam?
-- Sim.
-- Vocês ganharam o brinde da loja?
-- Sim, ganhamos.
-- Muito pequenino, não achou?
-- É uma redoma com a nossa senhora de
Fátima. Sim, muito pequena. Mas a ganhamos, isso que vale.
-- Mas, já sortearam?
E assim foi... Na hora, foi muito
engraçado. Ela era uma senhora muito espirituosa, sobretudo no jeito de falar. Uma
boa pessoa...
---
Chegar em
Fátima era a grande expectativa.
Visitar a antiga basílica, o local das
aparições, o enorme e moderno templo ecumênico, foi tudo muito tocante. Ali
vimos pessoas percorrerem uma grande distância de joelhos, para pagar as suas promessas;
a missa na antiga basílica foi ocasião de forte comoção para Maria Rosa, que
chorou copiosamente após comungar.
A basílica lotada de fieis, a música soando
no órgão, e pensar que estava num local santo, a comoveu fortemente. Uma música,
que ela costuma cantar nas missas, lhe veio à mente: “desamarrem as sandálias e
descansem, este chão é terra santa, irmãos meus...” E foi pura emoção.
Ela lembrou-se de todas as pessoas que lhe
tinham pedido orações, principalmente de sua cunhada e de seu grupo de oração
que todas as semanas se reúne para cumprir o pedido da Senhora de Nazaré, ou
seja, rezar a oração do Terço. Lembrou-se de seus amigos e sobretudo de sua
família. E isso a fez entender a grandeza daquele lugar. Reconhecer a sua
pequenez diante das coisas de Deus.
A procissão luminosa também foi comovente.
O Santuário de Nossa Senhora de Fátima, é sem dúvidas um lugar especial, lembrando
de que aquele chão é santo, sobretudo para os devotos de Nossa Senhora.
Afinal, foi ali que Nossa Senhora apareceu
para as crianças, que pastoreavam as ovelhas, por vontade de Deus. E esse fato foi um dos acontecimentos mais marcante do século
XX. No dia 13 de maio de 1917, quando Nossa Senhora se manifestou aos três
pastorzinhos, pedindo orações e sacrifícios em reparação pelos pecados
cometidos contra Deus e pela conversão dos pecadores. Recomendou que se rezasse
diariamente a oração do Terço. No dia 13 de julho do mesmo ano, na terceira
aparição, Nossa Senhora revelou às crianças “o segredo”, ordenando que não
contassem a ninguém. E anunciou que no mês de outubro, daquele ano, faria um
milagre por onde todos acreditariam nas suas aparições.
Aquela noite foi especial, todos
sentiram-se abraçados pela Mae, e dormiram nos braços de Maria, em Fátima. Um
hotel mais simples, mas muito confortável. Na manhã seguinte rumaram para o
lugar mais alto de Portugal, a serra da Estrela.
---
A viagem
de subida para a serra da Estrela foi uma ótima ocasião para observar o
interior de Portugal, as pequenas aldeias, o relevo, os cultivos e criações da
região, para depois alcançar as rochas, e perceber as nuances da pedra e a
grande diferença da estrutura geológica.
A serra da Estrela é constituída por extensos
afloramentos de granitos, com idade entre 340 a 280 milhões de anos,
intercalados com rochas metamórficas, como os xistos e os grauvaques, de idade
entre 650 a 500 milhões de anos.
A parada para apreciar a imagem de Nossa Senhora da Boa Estrela
incrustada na pedra de granito, foi admirável! Pois é um trabalho lindíssimo, além
do trabalho artístico, representa a fé daquele povo.
O Monumento a Nossa
Senhora da Boa Estrela é uma escultura em baixo-relevo, localizada numa rocha,
no Covão do Boi, na Serra da Estrela, que foi inaugurada em 1946 e é da autoria
de António Duarte. Ela é a
padroeira dos Pastores, que se orientavam pela a estrela, e todos os anos, no
segundo domingo de agosto, são realizadas as Festas em honra de Nossa Senhora
da Boa Estrela.
Mas ali, também deu para notar, que um romance estava começando a rolar
entre um cavalheiro que acompanhava os seus pais, com uma bonita moça que
viajava com as amigas. Fotografias juntos e muitos sorrisos...
A chegada no alto da Serra da Estrela, teve
dois momentos, e mais uma vez, gerou mais interação entre os companheiros de
viagem.
Primeiro, eles foram
recepcionados com uma prova das delicias da terra: licores e queijos. O que provocou
conversas e trocas de receitas entre Maria Rosa e o casal cearense, que também costumava
fazer licor caseiro.
Depois foram levados para almoçar no
restaurante Mirador. O ambiente era decorado com cordas, cabeça de carneiro, e
outros símbolos de região, numa parede de pedra de granito. Foi servido um
delicioso almoço, bacalhau ao forno, ensopado de cabrito e risoto de cabrito
acompanhado por um vinho da região. Além de uma mesa com saborosas sobremesas.
O cão da Serra da Estrela foi uma
atração à parte.
Rumaram para Coimbra, e descendo
a serra, mais uma vez apreciando a paisagem, cruzando por pequenas vilas e
avistando aldeias. Enfim chegaram na estrada principal. Uma via larga e bastante
movimentada.
Alcançaram Coimbra. E no centro, mais precisamente no largo da Portagem desceram
do ônibus para andar pelos arredores. Um sorvete na Pastelaria Briosa, para
refrescar, e uma caminhada pela Rua Ferreira Borges, foi bem divertida.
Uma música brasileira era tocada, e o casal de baianos dançou em plena
calçada. Mais adiante havia um pirata parado a porta de uma loja de doces, o que
provocou curiosidade e algumas fotos divertidas. Foi uma tarde bem alegre.
Depois foram visitar a
Universidade. A Universidade de Coimbra é uma universidade pública
localizada na cidade de Coimbra, em Portugal. É uma das universidades mais
antigas do mundo ainda em operação, sendo a mais antiga e uma das maiores do
país.
O ponto alto foi conhecer a Biblioteca Joanina.
A Biblioteca Joanina é uma biblioteca do século XVIII situada no Paço
das Escolas da Universidade de Coimbra, no pátio da Faculdade de Direito da
Universidade. Apresenta um estilo marcadamente barroco, sendo reconhecida como
uma das mais originais e espetaculares bibliotecas barrocas europeias.
A capela São Miguel, situada dentro da
universidade, é de uma beleza extraordinária e com riqueza de detalhes. É
lindíssima! E rendeu muitas fotos.
A Capela de São Miguel é uma capela da Universidade de Coimbra
construída entre os séculos XVI e XVIII. Pertence ao conjunto arquitetônico do
Paço das Escolas, núcleo histórico da Universidade de Coimbra, estando por isso
classificada como Monumento Nacional e inscrita na listagem de Património
Mundial da UNESCO.
E do pátio da universidade, chegar até a sacada e avistar o Rio Mondego,
de onde a séculos atrás, mirando o aquele mesmo rio, Afonso Henriques, que era ainda
um menino, prometeu a si mesmo, livrar aquela terra, a sua terra do domínio dos
mouros. Isso foi sensacional!
Ao andar pelas ruas da universidade, vimos muitos estudantes usando suas
capas pretas. Então soubemos que vestir a capa preta da universidade de
Coimbra, é sinônimo de prestigio.
Após um dia cheio e escaldante, o
grupo chegou ao hotel. Maria Clara exausta, e mais uma vez com o pé inchado e
doído, foi para o bar do hotel beber algo refrescante. Mais pessoas do grupo
tiveram a mesma ideia.
Mas, Maria Rosa queria se
refrescar, telefonar para casa, subiu em busca do seu quarto. Com o cartão na
mão ela pegou o elevador até o segundo andar, e andou pelos corredores e não
achou o quarto. Voltou ao térreo e pediu informações a uma senhora da limpeza.
Voltou ao andar e mais uma vez procurou pelo número. Então achou. Observando melhor,
ela descobriu que havia dois corredores em ângulo aberto e isso a confundia.
Maria Rosa falou com o marido pelo telefone e desceu para o bar. A filha
estava fazendo um lanche, mas ela recusou, não tinha fome. Estava muito cansada
e voltou para o quarto. Então, dessa vez achou o quarto, mas não conseguia
abrir a porta com o cartão. Foi preciso ajuda do casal baiano. Quando, mais tarde, a Maria Clara foi para o
quarto, também teve dificuldade em encontrar o número, a sorte que mãe avisou
que iria deixar a porta aberta.
No dia seguinte, entre conversas, Maria Rosa ficou sabendo que não foi
só ela que se atrapalhou para chegar ao quarto. Deram boas risadas...
Após o café da manhã todos
estavam prontos para embarcar rumo a Costa Nova, quando um companheiro de
viagem, disse que a sua mala não estava no ônibus. Ali perdemos um tempo, para
encontrar a tal mala, que já estava no bagageiro do ônibus.
-- Dá-me paciência, Senhor! -- Pensou Maria Rosa.
A dança das cadeiras não estava dando certo.
O propósito era que a cada dia se trocasse de lugar, para que todos
tivessem a oportunidade de viajar nos primeiros bancos do ônibus. Maria Clara e
mãe, foram dispensada por causa do pé, e seu banco era logo atrás da segunda
porta do ônibus, pois ali ela tinha espaço para elevar a perna. Portanto, elas
estavam na entrada da “cozinha” ... hahaha...
Ora, quem experimentava a “cozinha do
ônibus”, não queria mais deixar o fundo. E histórias aconteceram...
Uma senhora que viajava sozinha, a Mara, e
que era de pouca conversa, decidiu que iria sentar no ultimo banco. A assim
fez. Antes, havia dito que ninguém lhe dava ordens. O Anderson, um tipo alegre e divertido, que
viaja com a esposa, foi obrigado a sentar no lugar dela. E ao se deslocar pelo
corredor do ônibus, ele murmurou:
-- Ela não vai aguentar... Logo volto para o meu lugar.
Ali, a frente de onde estavam a Maria Clara e a mãe, havia e escada da
segunda porta. E a cada um que sentava na poltrona, elas avisavam:
-- Segurem as suas bolsas, porque tudo vai
para o buraco.
A mineira que ali sentou não deu muita
importância e logo a sua bolsa voou. Também, a
Eurides, que dormitava, não percebeu a sua bolsa ser jogada no buraco.
Ao acordar ela olhava intrigada, e enfim falou:
-- Tem uma coisa lá embaixo.
-- Sim, a tua bolsa. – Disse Maria Rosa,
segurando o riso.
-- A minha bolsa?
-- Sim, a tua bolsa.
-- A minha Bolsa!?
-- Sim. Ela não está contigo. Está?
-- É tem razão. Vou pegá-la.
-- Não, deixe para pegar quando o ônibus
parar, tu podes cair.
---
Costa Nova é uma praia muito original, com suas
casas pintadas em listras, e em cores fortes, é adorável. As calçadas largas com
desenhos criados por artistas, é algo singular.
Um local com clubes
náuticos e uma praia maravilhosa. Conta a história que as casas são com as riscas de cores diferentes foram feitas para quando os
pescadores em dias de nevoeiro pudessem localizar o seu palheiro. Segundo alguns populares, as casas são às
riscas também para os dias em que os homens estavam ébrios, eles não entrassem
em propriedade alheia.
Originalmente em tons de
vermelho ocre e preto, os Palheiros da Costa Nova eram utilizados como antigos
armazéns de alfaias da pesca.
Foi a fixação da Barra do
Porto de Aveiro, no início do século XIX, que levou os pescadores de Ílhavo a
mudaram-se para a Costa Nova. A sua arte foi para além da pesca e manifestou-se
em terra, com a construção de palheiros que serviam para guardar as redes e
outros materiais associados à pesca.
Depois de uma caminhada
pelo local, e visitar as lojinhas de lembrancinhas, todos retornaram ao
barraqueiro, que os levou para Aveiro.
Aveiro é outro lugar
encantador. Com os seus canais, onde gondolas deslizam suavemente, os turistas apreciam
a beleza do lugar, e enquanto bebem uma taça de espumante, e avistam as
salinas.
É também uma cidade com
muita história, com museus e templos, indústria de porcelana e universidade.
Mas esse outro lado, infelizmente, não estava incluído no roteiro.
Mas foi divertido estar
em Aveiro, observar os belos prédios que circundam os canais, e sobretudo
provar a delícia da terra: o doce de ovos moles.
Dali rumamos para Guimarães.
Um local de muita
história, aliás, foi ali que Portugal começou. Guimarães é conhecida como
“Cidade Berço de Portugal” porque nela foi estabelecido
o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique, além de ser o
local onde, possivelmente, nasceu D. Afonso Henriques, herói nacional, que
unificou o país, e foi primeiro rei de Portugal. Mas, fundamentalmente esse
título se dá pela importância histórica que a Batalha de São Mamede, travada na
periferia da cidade em 24 de junho de 1128, teve para a formação da
nacionalidade.
Os “Vimaranenses” são orgulhosamente tratados por
“Conquistadores”, fruto dessa herança histórica de conquista iniciada
precisamente em Guimarães. Em uma das partes conservadas da muralha, no fim do
Largo do Toural, está escrita a frase “Aqui nasceu Portugal”.
Ali há
muito para ser visitado. Avistamos o Castelo de Guimarães, o Palácio dos Duques
de Bragança e caminhamos pelas ruelas, até o Largo das Oliveiras e seguimos em
direção a praça frontal a Igreja Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos.
Essa
praça em frente à igreja, é indescritível. É simplesmente bela. É extensa e
florida, em canteiros desenhados. E tem o nome de Jardim do Largo da Republica
do Brasil.
A
beleza dessa praça gerou um acontecimento.
Depois
de admirar o maravilhoso jardim, Maria Rosa rumou para a igreja. Com cuidado
atravessou a rua e subiu os desgastados degraus. Já estava quase a porta do
templo, quando pisou em falso e foi ao chão. Voou os óculos e o telefone. E ela
disse para si mesma:
-- Mais
essa, além de cair ainda vou quebrar o meu telefone novo.
Maria
Clara ainda estava na praça quando avistou a mãe caindo, então correu até ela,
assim como outra companheira de viagem.
Mas,
quando ela alcançou a mãe, está já estava se levantando.
--
Pronto, agora morreu! Eu pensei. – Falou Maria Clara nervosa. – Eu devia ter
tirado uma foto tua estatelada no chão.
-- Eu
estou bem. Obrigada. Não se preocupem. Só o meu joelho está todo esfolado. Vou
passar álcool para desinfetar. – Disse calmamente Maria Rosa rindo.
-- O que
aconteceu? – Perguntou Eugenia.
-- Eu
virei o pé. Engraçado que eu estava mesmo pensando que esse chão deve ser
milenar.
Elas
entraram no templo. Maria Rosa ainda estava se recompondo, e na verdade, não observou
bem a igreja dedicada a NS da Consolação e Santos Passos.
Essa
igreja originalmente era uma ermida, construída em 1576, dedicada à Nossa
Senhora da Consolação. Em 1785, é concluída a nova igreja, um exemplar de
espacialidade barroca em Guimaraes, onde duas torres foram acrescentadas um
século depois, bem como a escadaria e a balaustrada. Mais tarde foi anexada a
igreja a Capela do Senhor dos Passos.
Portanto,
seu nome ficou: Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santo Passos.
Antes
de entraram no ônibus que já esperava pelo grupo, alguns lamentaram a queda de
Maria Rosa. E uma das companheiras disse:
-- Vocês
deviam se benzer, imagina uma quebra o dedo antes de vir, e outra cai durante o
passeio...
-- É,
mas eu recebi uma benção antes vir, do meu padre no final da missa do domingo
anterior. – Respondeu Maria Rosa.
--
Bah... Então poderia ter sido tudo bem pior.
Em seguida, o ônibus as levou para Braga.
A história de Braga é milenar e
se iniciou na Roma Antiga, quando foi fundada entre 15 e 13 Ac, como Bracara
Augusta em homenagem ao imperador Augusto. A cidade foi, mais tarde, capital da
província da Galécia, do Reino Suevo, entre o ano 411- 565.
A Braga
que nasceu no século XI tem pouco a ver com antiga e rica Bracara. Em 1071 foi
restaurada a arquidiocese e foi nomeado Pedro de Bragança como o primeiro
arcebispo. E desde então, a cidade tornou-se um importante centro religioso.
A cidade
também é conhecida como: “cidade dos arcebispos”. Pois, durante séculos foi o
centro religioso da Península Ibérica, e ainda detém, e continua sendo o maior centro de
estudos religiosos de Portugal. A cidade tem muitas igrejas, praças e casas religiosas.
Foi a ação dos arcebispos que impulsionou o desenvolvimento da cidade e região.
A cidade possui um vasto patrimônio cultural.
Quando chegaram em Braga foram direto ao Santuário
Bom Jesus do Monte. Alcançaram o alto do monte através do bondinho, que sobe em
meio um bucólico arvoredo.
Claro,
que há um acesso para veículos, e o ônibus os esperaria lá em cima. Mas tem
também uma bela escadaria para chegar ao topo, e são 573 degraus. Intercalados
com patamares onde estão as 14 estações da Paixão de Cristo. A escadaria data
de 1722.
A
basílica foi construída em estilo Neoclássico entre 1784 e 1811. O conjunto da
obra é maravilhoso, e no interior templo, o fundo do presbitério é pintado, com
imagens em alto relevo, que retratam a paixão de Jesus Cristo. É espetacular! E
é Patrimônio Mundial pela a Unesco desde 2019.
Cercada
por belos jardins, a visão lá do alto é fantástica. A basílica foi projetada pelo
arquiteto Carlos Amarante. A igreja apresenta a forma de uma cruz latina. Sua
fachada é ladeada por duas torres, encimada por um frontão triangular. Aos
lados da porta principal, em nichos, entre as colunas de seis metros de altura,
encontram-se as estatuas dos profetas Jeremias e Isaias. Ao centro, por cima do
grande janelão encontram-se as armas de Dom João VI de Portugal, que 1822
concedeu ao santuário as mesmas honras de prerrogativas da Misericórdia. O adro
apresenta oito estátuas, que representam personagens que intervieram na
condenação, paixão e morte de Jesus Cristo.
Depois
de todos estarem deslumbrados com o que viram, o ônibus os levou para o hotel,
afinal já era fim de tarde. Mas o prédio que abriga o hotel também tinha história.
O
hotel nasceu da reabilitação do antigo hospital de São Marcos, um imóvel de
interesse público, datado de 1508 e edificado no local onde existia uma ermida
dedicada a São Marcos, uma albergaria e foi também, um convento templário.
Os quartos eram espaçosos ofereciam conforto, o banheiro bem
moderno era um contraste interessante. O conjunto do hotel era sensacional, e o átrio
interno que levava ao restaurante, enfim tudo muito bom. A fachada do hotel era
linda, e fica situado bem no centro da cidade histórica, e muito próximo a antiga
Sé de Braga. As ruas estreitas, adjacentes a praça, levavam ao passado.
Mas,
logo anoiteceu, e Maria Rosa estava com o pé muito inchado e dolorido, como
consequência do tombo. Após banhar-se ela colocou um spray para amenizar da dor.
Maria Clara também estava com o pé incomodando.
Elas
decidiram não sair. Afinal era noite. E optaram por jantar no hotel, o que foi
uma boa pedida, já que o restaurante é bonito e o prato pedido estava muito
bom.
No dia
seguinte, Maria Rosa levantou-se muito cedo, pois queria fazer umas fotos da
praça e arredores, que seria a recordação da cidade, já que partiriam para
Santiago de Compostela, que ficava cerca de duas horas de viagem.
Mãe e
filha deixaram a cidade com tristeza, pois Maria Rosa queria muito conhecer o
Jardim de Santa Bárbara, que segundo dizem é muito bonito.
Maria
Rosa estava surpreendida com a flores em Portugal. Por onde tinha andado, havia
muitas praças e jardins, todos muito bem cuidados e floridos.
O ônibus se deslocava por uma auto estrada,
bem movimentada.
Ao cruzar o
rio Minho, eles entraram em território espanhol. Sem precisar passar por
imigração e carimbar o passaporte, pois existe um acordo entre os dois países
de trânsito livre.
Uma breve parada em Vigo, rendeu boas fotos,
já que a vista para as águas do oceano era muito legal. Eles viajavam agora
pelo litoral, e havia muitas enseadas que se estendiam para o interior.
Ao longo da estrada se avistava os
peregrinos em direção a Santiago de Compostela. Havia uma trilha especial para
eles.
Ao ver os peregrinos, Maria Rosa ficou com
uma dúvida: será que aquelas pessoas realmente estavam meditando e
despojando-se de seus fardos, ou peregrinavam apenas porque é moda ir a
Santiago de Compostela? Nunca iria
saber, essa foi a conclusão que chegou.
Santiago de Compostela é outro lugar milenar e
histórico, com muita história para contar. Além de ser a capital da Galiza, é
também ponto de chegada da rota Caminhos de Santiago. É uma cidade
internacionalmente famosa, por ser o lugar onde São Tiago, Apóstolo de Jesus,
supostamente está enterrado. É a terceira cidade do mundo de peregrinação cristã,
só perdendo para Roma e Jerusalém.
A catedral de Santiago de Compostela,
construída em estilo barroco, foi consagrada no ano de 1211, cujas as fachadas de
pedra talhada se abrem para grandes praças no interior das muralhas da cidade
antiga.
A arquitetura do lugar é esplendida!
O conjunto arquitetônico é fabuloso!
Com tantos detalhes, que é inexplicável!
Só vendo aquela maravilha.
Ao observar aquelas construções com tantos
detalhes, feitos na pedra, faz pensar, e perguntar: como eles conseguiam fazer?
A altura das paredes, o peso das pedras... Enfim, é para se parar e apenas
admirar.
O
interior da catedral também e magnifico. Tão rico de detalhes que é difícil descrever.
Sem dúvida um templo grandioso. Todo adornado com ouro e prata, é extraordinário.
Vale lembrar que desde 1985 o centro
histórico é Patrimônio Mundial da Unesco, e o Caminho de Compostela foi
incluído em 1993.
O grupo teve uma visita guiada, e o guia era um espanhol, muito simpático, que explicava com detalhes as etapas das
construções, a exemplo as muralhas que levaram mais de 300 anos, para serem
concluídas. E ao fim de cada explicação, ele contava uma piada. Ao alcançar o
interior do templo as pessoas não estavam preparadas para dimensão de tudo
aquilo, e encontravam-se sem espiritualidade alguma.
A igreja estava cheia de turistas, assim
como toda praça, pessoas admirando a beleza do lugar, uma ou outra ajoelhada.
Mas como o grupo devia seguir o guia, não havia tempo para uma singela oração.
Ao final do roteiro, as pessoas podiam
descer por uma estreita porta e passar pelo tumulo de São Tiago. Nem todos
quiseram descer...
Para Maria Rosa, foi tudo muito ligeiro e automático,
e mais uma vez, sentiu-se fora do contexto. Ela que esperava encontrar ali, a
espiritualidade no ar, ficou desiludida. Ao conversar com suas companheiras de
viagem, descobriu que elas tiveram o mesmo sentimento. Era um lugar turístico,
apenas.
Maria Rosa avistou alguns peregrinos
parados diante da catedral, esperando para serem recebidos e anunciados com o
soar dos sinos, que de fato badalou, quando o grupo estava deixando a praça,
indo em direção ao ônibus.
A moderna Santiago de Compostela é uma
cidade com cerca de 100 mil habitantes, é capital da comunidade autônoma da
Galiza, e sedia o parlamento e o governo regionais, além da Universidade fundada
em 1495.
O ônibus tomava o caminho de volta para
Portugal e desta vez o destino era Valença.
Valença as margens do rio Minho é um lugar acolhedor,
com aproximadamente 15 mil habitantes, foi elevada a cidade em 2009. Foi o
local onde nasceu São Teotônio, que foi um dos principais aliados do jovem
Afonso Henriques, quando proclamou a independência de Portugal, tornando-se o
primeiro rei.
Em Valença o grupo visitou o Forte. E alguns
passearam pelo local, enquanto que outros sentaram-se na área onde havia mesas
com guarda-sóis, em frente a lojinhas, bares e confeitarias.
Maria Rosa e a filha, optaram por ficar
por ali, pois a dupla estava mal do pé, que com o calor inchava muito. Francine,
Eugenia, Eurides, Maria, a Ministra e a filha Marina também preferiram tomar
uma bebida gelada e jogar conversa fora.
De volta ao ônibus, o destino agora era
Porto, a última cidade a ser visitada. A viagem estava chegando ao fim, e as
pessoas lamentando, pois todos estavam sentindo-se bem na companhia daquele
grupo tão especial.
A estrada estava movimentada, e mesmo sendo
uma auto estrada, bem larga, o trânsito era intenso e não fluía. Observando a
paisagem era possível notar o número de empresas que estavam estabelecidas ao
longo da estrada.
Porto é a cidade que deu nome a Portugal.
Muito antiga, era denominada Porto Cale, vindo mais tarde a ser a capital do
Condado Portucalense. É conhecida mundialmente, pela produção de vinhos,
especialmente o vinho do Porto, suas pontes e a arquitetura antiga e contemporânea,
a ribeira do rio Douro, e o seu centro histórico com ruas estreitas de paralelepípedos,
classificado pela Unesco como Patrimônio Mundial, e pela sua gastronomia.
A cidade do Porto tem uma população de
aproximadamente de 240mil habitantes, sendo o centro de uma região
metropolitana que agrupa 17 municípios com uma população de cerca de um milhão
e oitocentos mil habitantes. É uma região litorânea na foz do Rio Douro, e é
altamente industrializada.
Ocorreu um atraso na estrada, devido ao
congestionamento causado pelo movimento intenso, e eles chegaram ao hotel no fim da
tarde. Mais uma vez ficaram em um hotel de alto padrão.
Algumas pessoas saíram a noite, mas Maria
Clara e Maria Rosa ficaram no hotel. No dia seguinte teriam uma programação
intensa e partiriam a 8h em ponto.
Cedo o pessoal já estava tomando o café da
manhã, que oferecia uma grande variedade de pratos, entre frutas, sucos,
leites, pães, biscoitos, doces, frios, panquecas, carnes... enfim, era um lauto
café.
Uma volta pela cidade e pela primeira vez
o sol não brilhava com intensidade. Estava um dia abafado e nublado.
Um passeio para avistar a foz do Douro e pela
ribeira e apreciar a beleza do seu casario; ver a bela Ponte D. Luís I,
que também é Patrimônio Mundial da
UNESCO, desde 1996. Que foi construída entre os anos de 1880 e 1886, ligando as
cidades do Porto a Vila Nova de Gaia, separadas pelo Rio Douro. Um projeto do
engenheiro e arquiteto Theóphile Seyrig (discípulo de Gustav Eiffel) e do
arquiteto Léopold Valentin, e a sua belíssima estrutura é toda em ferro.
O ônibus cruzou pela cidade e a fachada da
livraria Lello pode ser avistada, assim como algumas igrejas e praças. Próximo
a praça da arvores barrigudas, a parada do ônibus foi diante da estátua que
representa a obra mais famosa de Camilo Castelo Branco: Amor e Perdição.
A seguir a visita foi a Sé Do Porto, mais uma igreja ricamente ornamentada com ouro, prata, pinturas e azulejos. Uma construção magnifica no estilo Romântico, que iniciou no século XII. E no decorrer dos séculos foi agregado a contrição outros estilos, como o barroco. O claustro é da época do estilo gótico, assim como na capela funerária.
Uma caminhada até a estação de São Bento foi
acompanhada pela maioria do grupo. Francine, que estava com dor no joelho,
Maria Clara e Maria Rosa também escolheram permanecer na praça. Ali passearam,
observaram o movimento e assistiram um músico, que tocava pistão, executar a
melodia da Garota de Ipanema. Foi legal! Disseram elas.
Depois, o ônibus cruzou a ponte sobre o
Douro, e os levou a Gaia, para visitar a
vinícola, foram levados a adega e provaram do Vinho do Porto.
Esse foi o último passeio do grupo. Depois,
alguns iriam almoçar em um barco num passeio nas águas do Douro e os demais
seriam deixados no centro histórico.
O ônibus retomaria naquela tarde a Lisboa,
com aqueles que tomariam o avião para o Brasil, no aeroporto de Lisboa. Felícia,
e mais alguns encerravam a sua estadia no Porto. Também o casal que iria para a Ilha da
Madeira. E outros ficariam mais um dia, para desfrutar das belezas da cidade do Porto.
O ônibus deixou o pequeno grupo no centro histórico
da cidade do Porto. O sol brilhava com intensidade e o calor era abafado. Ruas
estreitas, casas antigas e muitas lojinhas. Foi ao entrar numa dessas lojinhas
que Maria Clara e Maria Rosa se perderam dos demais.
Elas alcançaram o largo e rumaram para a
famosa rua Santa Catarina e quando viram o Café Magestic, elas entraram e
conseguiram uma mesa, ali fizeram uma refeição.
O lugar é lindíssimo, e estava repleto,
com fila para de espera para entrar. A
tarde estava muito quente, e Maria Rosa preferiu uma salada, enquanto que a
filha quis um risoto. Ambos os pratos muito saborosos.
A decoração é da “belle époque”, com
madeira entalhada, espelhos. candelabros e lustres. Cadeiras forradas com couro
trabalhado, e mesa com tampo de mármore. O serviço impecável, em fina porcelana
e guardanapos de linho.
O Café Magestic foi inaugurado em dezembro
de 1921, e sempre foi frequentado por pessoas de destaque, sobretudo, políticos
e intelectuais, que se sentiam bem em seu ambiente requintado.
A
tarde estava muito quente, Maria Rosa e a filha ainda deram uma caminhada pelas
calçadas, não foram muito longe. Tomaram um Uber e retornaram ao hotel.
Era fim de tarde um temporal se abateu
sobre a cidade. De volta ao hotel, Maria Clara tomou um banho e saiu para jantar
com um amigo, que estava trabalhando na região.
Maria Rosa descansou, vendo um filme na
televisão.
O dia seguinte amanheceu nublado com
chuviscos, a temperatura tinha caído, e o grupo que permanecia no hotel estava
reduzido. Após o café todos se reuniram no saguão do hotel, para conversar e
programar o que iriam fazer.
Zulmira, com os seus 80 anos era muito
simpática e alegre, e declarou:
-- Eu gosto de andar nas cercanias do
hotel. E é isso que farei.
Decidiram caminhar pela avenida Boa Vista,
com destino ao Mercado Bom Sucesso. Francine, Maria
Clara, Maria Rosa, a Ministra e a sua filha Marina.
Enquanto andavam pelas calçadas, se
aproximou delas o sr. Edu, bem preocupado, perguntando:
-- Vocês viram a minha esposa?
-- Não, mas ela falou que iria caminhar por
perto do hotel.
Então ele a avistou, e feliz disse:
-- Olha ela ali. – Rapidamente foi até a
esposa a pegou pela mão, e saíram a caminhar de volta ao hotel.
O Mercado Bom Sucesso é um lugar agradável,
com diferentes lojas de comida, e com mesas e recantos para deliciar os pratos
preferidos. Elas entraram, admiraram o lugar, que realmente é bonito e com uma
decoração diferenciada. Elas logo encontraram um lugar para sentar e conversar.
Avistaram a Eugenia e a Eurides, que vieram se juntar a elas. E a conversa
rolou. Riram muito das situações que viveram, principalmente a que Eugenia viveu
em Braga.
Ela contou, que ao entrar no hotel (de
quinhentos anos) achou tudo muito velho, e no banheiro do seu quarto nem box
tinha, era uma cortina de plástico. Não conformada, ela bateu no quarto ao
lado, que era da Francine.
-- Oi, posso ver o teu quarto? O nosso é
muito simples, não tem nem box no banheiro. – Disse Eugenia.
-- Entra, pode olhar. – Falou Francine.
As irmãs entraram e perceberam que tudo
era mais ou menos igual. Mas o banheiro tinha porta box.
-- Por que o meu banheiro tem cortina de
plástico, e aqui tem box?
-- O teu quarto deve ser para deficientes,
então. – Falou Francine.
-- Mas não somos deficientes... – Disse a Eurides.
-- Vocês querem trocar? – Propôs a
Francine. – Esse hotel é muito bom, faz parte de uma rede internacional e tem
alto padrão.
-- Não, obrigada. Vamos ficar no nosso. – Falou.
Eugenia voltou ao quarto, e foi tomar banho. Entrou
no banheiro, despiu-se e viu uma corrente, e pensou: aqui tudo é muito chique, essa
corrente deve ser para abrir a cortina do box, e puxou.
O alarme soou no hotel, e logo estavam
batendo na porta do quarto delas.
-- Abra, ou vamos arrombar a porta.
-- Não posso! – Respondeu a Eurides, que
já havia tirado a sua roupa, se preparando para o banho.
-- Abra, precisamos entrar...
--
Não! – Gritou a Eurides – Eu estou só de toalha...
Assustada Eugenia se escondeu atrás da
cortina do box, enquanto sua irmã se enrolava bem na toalha, para abrir a
porta.
E dois homens fortes invadiram o quarto
para ver se tudo estava bem.
Ao fim do relato, nós riamos muito e a Eurides
acrescentou:
-- Eram dois homens lindos! E eu só de
toalha.
Rimos... ainda mais.
O grupo se dispersou.
Maria Clara e a mãe, acompanhadas por
Francine ainda deram uma volta pelo Shopping que ficava ao lado, e voltaram
para o hotel, subiram para o bar na cobertura e apreciaram a vista, chovia
novamente.
Na madrugada seguinte Maria Rosa e a filha,
às 3h da manhã deixaram o hotel, e foram para o aeroporto Francisco Sá
Carneiro, e lá tomaram o avião para Lisboa, onde fizeram a conexão para o
Brasil.
Elas estavam cansadas, cheias de saudades
de casa, mas estavam felizes.
O passeio em Portugal tinha sido
maravilhoso!
Uma viagem inesquecível!
Os fatos
são reais, por não ter pedido permissão, os nomes usados não são os
verdadeiros.
OBS: Informações e imagem via INTERNET
Maria Ronety Canibal
Janeiro 2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário